Quando o homem começou a falar, Fubuki entrelaçou os dedos rente a boca e prestou muita atenção. Se eles se mantinham minimamente estáveis vivendo por conta própria no mundo ninja em meio a uma guerra, era graças aos trabalhos que Yurei conseguia para eles. Por outro lado, era ele também o motivo dos maiores gastos do grupo, com seu preço salgado. Mas valia a pena. Cada informação que aquele homem possuía era de extrema importância e, por este motivo, o albino prestava extrema atenção em cada palavra.
Entretanto, uma delas o atingiu direto no estômago; Sunagakure. O rapaz não estava preparado para se imaginar colocando os pés naquela vila mais uma vez, mesmo depois de tantos anos. O mundo ao seu redor se tornou negro e ele sentia frio. Ao fundo, ouvia uma mistura de sons que lhe eram terrivelmente familiares; destruição, pessoas gritando, um rugido bestial e, é claro, o som do gralhar de mil pássaros. Havia sido em Suna que Fubuki auxiliou em uma missão que libertou o Ichibi e destruiu a vila junto da vida de centenas de pessoas. Havia sido em Suna que Shun, um companheiro de longa data, perdeu a vida e a cabeça nas mãos de um dos Espadachins da Névoa. Havia sido a primeira vez que Fubuki executara uma vida, a vida de uma pessoa que costumava ser um companheiro de Konoha. Sentia sua mão direita formigar. Havia causado e vivido tanta desgraça naquela vila que nunca sequer pensou em voltar para lá.
Mas ao mesmo tempo, nunca parou de pensar nas vidas que tirou indiretamente ao ajudar a liberar o Ichibi de Tsuchiya, seu jinchuuriki. Todos os dias, sem exagero, pensava se as pessoas que sobreviveram àquele incidente estavam bem e se iriam sobreviver por muito mais tempo em uma vila arrasada no meio do deserto. E principalmente pensava se havia algo que poderia fazer por elas. O que Yurei estava oferecendo parecia, para Fubuki, uma chance de ajudar o povo da areia. Havia se esquecido do dinheiro, aceitaria aquela empreitada mesmo que sem recompensa financeira. Sabia que não poderia, nunca, pagar por seus pecados. Mas viveria com eles por muito mais tempo se pudesse ajudar de alguma forma.
Sua mente voltou ao lugar e capturou cada detalhe na fala do homem. A requisição vinha direto do próprio daimyõ, aquele em comando do País do Vento. A situação era tensa ao ponto do homem mais importante da nação precisar contratar mercenários para a sobrevivência de seu povo. Kizunagakure estava atormentando suas vidas e sempre fora uma pedra muito grande no sapato dos cinco de Konoha. Trocou um breve olhar com Shiro próximo ao fim da fala de Yurei, sabendo o que se passava na cabeça do Uchiha.
O ataque de pânico de Shiori assustou Fubuki a primeira instância, mas o Hyuuga sabia exatamente como o garoto se sentia. Ele se sentia da mesma forma, mas via naquilo a esperança de ajustar os erros do passado. Estava prestes a se levantar para acompanhar Shiori para fora, quando ouviu a voz firme de Shiro ordenando que Arisu fosse. O Hyuuga abaixou o olhar para o colo mais uma vez. Não queria que o rapaz carregasse a culpa de uma decisão que não havia sido sua. Só estavam obedecendo ordens. O sistema ninja havia feito marcas muito profundas no jovem caolho.
- Kizuna, huh? - comentou brevemente com Shiro após a saída de Yurei, sem tirar os olhos de seu colo. - Por que precisam tanto dos metais preciosos e da zona fértil de Suna se eles próprios já tem bastante disso na antiga Kirigakure? Achei que Kizuna tivesse crescido e se tornado implacável nos últimos anos...
Entretanto, uma delas o atingiu direto no estômago; Sunagakure. O rapaz não estava preparado para se imaginar colocando os pés naquela vila mais uma vez, mesmo depois de tantos anos. O mundo ao seu redor se tornou negro e ele sentia frio. Ao fundo, ouvia uma mistura de sons que lhe eram terrivelmente familiares; destruição, pessoas gritando, um rugido bestial e, é claro, o som do gralhar de mil pássaros. Havia sido em Suna que Fubuki auxiliou em uma missão que libertou o Ichibi e destruiu a vila junto da vida de centenas de pessoas. Havia sido em Suna que Shun, um companheiro de longa data, perdeu a vida e a cabeça nas mãos de um dos Espadachins da Névoa. Havia sido a primeira vez que Fubuki executara uma vida, a vida de uma pessoa que costumava ser um companheiro de Konoha. Sentia sua mão direita formigar. Havia causado e vivido tanta desgraça naquela vila que nunca sequer pensou em voltar para lá.
Mas ao mesmo tempo, nunca parou de pensar nas vidas que tirou indiretamente ao ajudar a liberar o Ichibi de Tsuchiya, seu jinchuuriki. Todos os dias, sem exagero, pensava se as pessoas que sobreviveram àquele incidente estavam bem e se iriam sobreviver por muito mais tempo em uma vila arrasada no meio do deserto. E principalmente pensava se havia algo que poderia fazer por elas. O que Yurei estava oferecendo parecia, para Fubuki, uma chance de ajudar o povo da areia. Havia se esquecido do dinheiro, aceitaria aquela empreitada mesmo que sem recompensa financeira. Sabia que não poderia, nunca, pagar por seus pecados. Mas viveria com eles por muito mais tempo se pudesse ajudar de alguma forma.
Sua mente voltou ao lugar e capturou cada detalhe na fala do homem. A requisição vinha direto do próprio daimyõ, aquele em comando do País do Vento. A situação era tensa ao ponto do homem mais importante da nação precisar contratar mercenários para a sobrevivência de seu povo. Kizunagakure estava atormentando suas vidas e sempre fora uma pedra muito grande no sapato dos cinco de Konoha. Trocou um breve olhar com Shiro próximo ao fim da fala de Yurei, sabendo o que se passava na cabeça do Uchiha.
O ataque de pânico de Shiori assustou Fubuki a primeira instância, mas o Hyuuga sabia exatamente como o garoto se sentia. Ele se sentia da mesma forma, mas via naquilo a esperança de ajustar os erros do passado. Estava prestes a se levantar para acompanhar Shiori para fora, quando ouviu a voz firme de Shiro ordenando que Arisu fosse. O Hyuuga abaixou o olhar para o colo mais uma vez. Não queria que o rapaz carregasse a culpa de uma decisão que não havia sido sua. Só estavam obedecendo ordens. O sistema ninja havia feito marcas muito profundas no jovem caolho.
- Kizuna, huh? - comentou brevemente com Shiro após a saída de Yurei, sem tirar os olhos de seu colo. - Por que precisam tanto dos metais preciosos e da zona fértil de Suna se eles próprios já tem bastante disso na antiga Kirigakure? Achei que Kizuna tivesse crescido e se tornado implacável nos últimos anos...