Enquanto Shiori falava, o mais velho tateou o sobretudo negro, buscando um de seus bolsos. Ele parecia, como sempre, inabalável diante da brincadeira feita; ele não era exatamente o melhor exemplo de bom humor, apesar de entender bem. Isso mesmo achando graça. Quando não, as coisas podiam se tornar bem mais desconfortáveis, raramente pra ele.
Após achar o bolso, retirou de um deles o seu cigarro e isqueiro, fiéis companheiros há alguns anos. Já havia esquecido de quando o gosto da nicotina havia tornando-se habitual, mas não se importava muito sobre isso.
Pôs-o em brasa, lançando fumaça aos céus com a facilidade de quem movia um dos membros de seu corpo. Já era natural.
— Eu não me importaria tanto com isso. É um dos preços que devemos pagar pela liberdade… desde sempre. — falar com o cigarro em lábios também parecia bem fácil para ele, que costumava ficar com as mãos repousando em seus bolsos. — Com a cabeça no lugar, a diferença é que você impede arrependimentos. É a última coisa que queremos. —
A noção do arrependimento era uma das coisas que, de certa forma, incomodavam Shiro. Ele acreditava fielmente em simplesmente continuar, sem olhar para trás após uma decisão tomada; porque isso, diferente do pensado, o cegava. Tirava seus olhos do que era mais importante e mutilava a vontade. Em quase toda a sua vida, nunca nem se deu o trabalho de reconhecer quem não tinha perseverança e convicção em seus ideais. Em quem eram.
— Eu já fui obrigado a pensar sobre essas coisas… Maldade, bondade. No porquê. Mas chega uma hora em que você se cansa de se questionar. —
Talvez fosse só por isso que Shiro era tão certo do que fazia — porque estava cansado. E era assim que tinha de ser, no fim das contas. Pois, como sempre, era ele na vanguarda.
— Precisei disso para enfrentar Gouki, e uso para enfrentar aqueles do meu próprio lar. Se alguém tentar roubar minha liberdade, não vou hesitar em tirá-los do meu caminho; é o que eu sempre fui, e morrerei sendo. Por isso… por isso é bom mesmo se lembrar do que quer ser, e do que é. —
E ele sabia bem o que era: livre.
Após achar o bolso, retirou de um deles o seu cigarro e isqueiro, fiéis companheiros há alguns anos. Já havia esquecido de quando o gosto da nicotina havia tornando-se habitual, mas não se importava muito sobre isso.
Pôs-o em brasa, lançando fumaça aos céus com a facilidade de quem movia um dos membros de seu corpo. Já era natural.
— Eu não me importaria tanto com isso. É um dos preços que devemos pagar pela liberdade… desde sempre. — falar com o cigarro em lábios também parecia bem fácil para ele, que costumava ficar com as mãos repousando em seus bolsos. — Com a cabeça no lugar, a diferença é que você impede arrependimentos. É a última coisa que queremos. —
A noção do arrependimento era uma das coisas que, de certa forma, incomodavam Shiro. Ele acreditava fielmente em simplesmente continuar, sem olhar para trás após uma decisão tomada; porque isso, diferente do pensado, o cegava. Tirava seus olhos do que era mais importante e mutilava a vontade. Em quase toda a sua vida, nunca nem se deu o trabalho de reconhecer quem não tinha perseverança e convicção em seus ideais. Em quem eram.
— Eu já fui obrigado a pensar sobre essas coisas… Maldade, bondade. No porquê. Mas chega uma hora em que você se cansa de se questionar. —
Talvez fosse só por isso que Shiro era tão certo do que fazia — porque estava cansado. E era assim que tinha de ser, no fim das contas. Pois, como sempre, era ele na vanguarda.
— Precisei disso para enfrentar Gouki, e uso para enfrentar aqueles do meu próprio lar. Se alguém tentar roubar minha liberdade, não vou hesitar em tirá-los do meu caminho; é o que eu sempre fui, e morrerei sendo. Por isso… por isso é bom mesmo se lembrar do que quer ser, e do que é. —
E ele sabia bem o que era: livre.