Ninjas Gaiden ETERNAL
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RPG de Naruto 10/10


País do Vento - Sunagakure

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Akane Hanako
Uchiha Shiori
Narukami Amane
Chinoike Arisu
Yata Totsuka
9 participantes

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Conforme os Shinigami revelavam suas identidades, Ryu se perguntava algumas coisas vagamente, notando um comportamento inusitado vindo de alguns dos encapuzados. Eles se colocavam a frente um dos outros como se fossem ser atacados a qualquer momento, o ruivo estranhava isso pois as palavras de aliança eram proferidas pouco tempo atrás, embora não não houvesse uma confiança sólida de ambos os grupos, aquilo chamava atenção. A estranheza da situação se fez ainda mais evidente com a demonstração de espanto de Norio, Ryu não pôde evitar levantar uma das sobrancelhas em suspeita; quem eram eles a final? O que Shinigami representava no mundo ninja? Pensava.

Ryu não focou-se muito tempo no comportamento singular dos Deuses da Morte, estava cansado demais para isso. Ouvindo as instruções de Norio, ele deu atenção maior para a palavra "repousar", já que o treinamento de mais cedo tinha levado-o aos seus limites de chakra e estamina e faria bom uso de algumas horas de sono. Sua expressão cansada ao voltar-se para o esquadrão vermelho falava por si só, a feição de Ryu praticamente implorava para que Hanako permitisse que descansassem em Roram antes de partir.

Depois de poder descansar em algum quarto fornecido aos quatro de Suna por Norio, o ruivo se preparava, reorganizando e contando seus equipamentos, mais uma vez mergulhando todas as suas lâminas e agulhas em veneno debilitante. Apertando sua bandana e cachecol, o rapaz estava pronto para partir, se encontrando ao raiar do sol com todo o grupo recém formado nas portas de Roram, a aliança entre Esquadrão Vermelho e Deuses da Morte estava ante ao deserto, prestes a partir.

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A reação que o Senhor Feudal esboçou foi a que mais importou para Shiro, não de forma surpreendente, já que na maioria do tempo parecia voltar sua atenção quase completamente a ele. E seus olhos assim permaneceram — somente nele, altivos e firmes. O líder do grupo emanava um estranho ar de nobreza, não somente de liderança; parecia-se, mesmo, com a realeza, sempre olhando para baixo de alguma forma, mesmo que não hostil. Era complicado descrever, mas diferente de qualquer inexpressividade. E, diferente do que parecia, ele estava muito mais atento no que acontecia no recinto do que parecia, o suficiente para já ter algumas impressões iniciais de cada um daqueles que não conhecia.

Houve certa hesitação no momento de entregar de volta o pergaminho, mesmo que por um mínimo instante. Era compreensível; aqueles olhos iam servir como a prova real da disposição do daimyo em, realmente, apostar suas fichas. Tudo o que ele devia fazer era entregar o pergaminho, mesmo depois de olhar aqueles rostos que, sem sombra de dúvidas pra qualquer um, ele tinha reconhecido.
E o fez, quase em um ato impulsivo de coragem. Shiro, então, guardou para si.

Obrigado por sua hospitalidade, Senhor Enomoto. Partiremos o quanto antes de qualquer forma, eu garanto. — respondeu de forma bem menos pesada do que anteriormente, enquanto escondia o pergaminho em algum lugar de suas roupas.

Voltou-se, então, para o grande grupo que se formou ali. — Se quiserem descansar, acho muito justo. — aparentemente, ele tinha, sim, mais algumas questões para tratar com o Daimyo. Só estava refletindo se preferia descansar antes disso.

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Não havia pessoa que Shiori mais admirasse do que ao seu irmão. Era sempre imponente e inabalável, agia como um lorde e sempre que falava, todos paravam para escutá-lo. Nunca sentiu-se na sombra dele, mas queria ser um pouco mais como ele; mais convicto sobre si mesmo e seus atos, além de estável. Observou-o atentamente recuperar o pergaminho, logo após o Daimyō parecer reconhecê-los. Shiori odiava ser reconhecido pelos seus feitos na guerra; um dia fora um herói, mas não passava de um peão sujando as mãos de sangue. Respirou fundo, tentando limpar a mente; não era o momento para se lamentar.

Podemos, onii-sama? — perguntou ao irmão, pensando na possibilidade de ficar um pouco mais em Rōran. Estava curioso sobre a cidade, apesar de que não sabia se tinha vontade fazer um tour por um lugar onde as pessoas passavam fome. Além disso...

Shiori ainda estava um tanto incerto sobre o grupo de Sunagakure. O Uzumaki parecia ser uma boa pessoa, mas perigosamente inocente e estúpida. Provavelmente, nunca matou ninguém, mesmo no meio da situação em que o continente se encontrava. O Uchiha não lembrava-se última vez que fora daquela forma com quem desconhecia. Já o Coelho Negro era o completo oposto; perturbado e desequilibrado, afundado até a cabeça em sangue. Shiori entendia porque era como ele, e exatamente por isso não hesitaria diante de qualquer movimento suspeito. O outro homem, Kirisame, parecia ser sério e centrado e claramente desaprovava as ações dos outros rapazes. Era completamente compreensível diante do que ambos fizeram sem o consentimento da líder. Além disso, sabia dizer que aquele homem era um espadachim como ele e Fubuki. Não sabia exatamente o que pensar da líder, apesar de saber que ela não gostava do Daimyō e, muito menos ainda, de Akasuna Ida (não que seja algo difícil de acontecer). Pelo menos, parecia ser a mais centrada entre eles, mas provavelmente não era tão boa líder quanto Shiro. Para Shiori, ninguém era.

Estou ansioso. Quero voltar para qualquer lugar que tenha umidade no ar — comentou, esperando por Arisu para irem descansar antes de partir. Ao olhar para a janela mais próxima, Shiori pôde verificar os seus vários corvos sobrevoando Rōran; mesmo que ainda não fosse como o Byakugan, ainda tinha olhos em todos os lados e ainda podia poupar Fubuki de manter o seu dōjutsu ativado por longos períodos de tempo.

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Cerrou os olhos avermelhados e voltou seu rosto para baixo pouco depois de terminarem toda a discussão sobre a missão, refletia sobre tudo o que foi falado, sobre a atual situação do país, sobre as pessoas que ainda residiam, em meio ao sofrimento, a fome e a morte. Ser abandonado e esquecido pela vila no qual cresceu deve ser uma dor quase irreparável, viviam em uma situação extrema por viverem em um país seco e árido, onde apenas uma pequena parcela do território era fértil, e grande parte era deserto, uma região sem vida, onde o calor e o frio predominavam em horas distintas do dia. Era mais uma vítima da guerra, das ambições, onde a vida não demonstrava ter valor, os bens materiais eram valorizados e quem mais os possuísse era o favorito a vencer essa guerra. Amane sempre se perguntava, todos os dias, meditando em algum canto isolado, longe de seus amigos e de qualquer pessoa, se a guerra era um meio necessário, você perde vidas inocentes, sua sanidade e até mesmo seus princípios para que o outro não o faça tirando sua vida. E olha o ponto onde essa guerra chegou, a albina já teve vários choques de realidade, Iwagakure era um exemplo, o regime de escravos, onde estes satisfaziam as vontades dos nobres, e como recompensa eram maltratados, humilhados, forçados a lutar até a morte em uma arena por pura diversão. Tudo para que apenas um pudesse governar a nação, mas isso traria algum benefício? O que aconteceria com os sobreviventes? Seriam escravos de guerra ou mortos? Afinal, naquela guerra, todos eram armas, que no fim, acabam se quebrando.

Havia se lembrado das palavras de Gamaken no dia que conquistou sua confiança, o mesmo não gostava de entrar em lutas desnecessárias, não queria ser visto como uma arma a ser usada por qualquer um de forma irresponsável, até ele possuí sentimentos, que talvez, pela primeira vez, foram compreendidos pela albina, ela entendia como era ser usada como uma arma para depois ser taxada de traidora e agora, olha onde ela está, tentando consertar erros do passado e encontrando formas de acabar com a guerra, junto de pessoas que também abraçaram essa causa pelo mesmo motivo, e que estariam juntos até o fim. E ela desejava, a e como desejava, mesmo em meio a guerra, a albina conseguia manter os laços de amizade muito fortes, independente de todas as situações que passaram até o momento, das risadas, dos choros e dos momentos de raiva, se sentia bem ao lados de Arisu, Shiro, Shiori e Fubuki, principalmente de Fubuki, era algo que nem mesmo ela conseguia explicar mas que fazia questão de esconder esse sentimento, talvez por medo, de perde-lo ou, nem mesmo ela sabia explicar esse medo.

Respirou profundamente para afastar esses pensamentos por ora e ter o foco total na missão no qual estavam incumbidos, um novo grupo havia se formado, e eles seriam capazes de conquistar a região fértil do país do Vento, afinal eles trabalhavam assim, ajudando aqueles que sofriam as consequências da guerra.

Os comentários sobre descansarem antes de partir chamaram atenção de Amane, ao menos poderia ficar um tempo sozinha, ela precisava descansar, o que era mais uma desculpa para ficar um tempo sozinha, afinal, ela passava um tempo de seu dia isolada, e para ela, não era problema.

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Com o encerramento da reunião, Arisu não demorou-se muito mais do que apenas o necessário para colocar o capuz e a máscara novamente no rosto. Por algum motivo, sentia-se mais confortável ficando daquela forma. Talvez, porque não precisasse preocupar-se com as expressões que fazia e por algum tempo, poderia deixar de usar a máscara de sentimento que escondia do mundo exterior a confusão que sua mente era.

Alcançando Shiori, acabou por soltar uma pequena risada com o comentário dele.

Esse país é mesmo muito abafado, né? — Falou, logo virando a cabeça para trás e acenando para Amane e Fubuki que vinham pouco atrás dos demais. Acabou por agarrar tanto na mão de Shiro como na de Shiori, arrastando os dois Uchihas para longe — Fubuki-san, por favor, a Amane-chan não parece muito bem. Pode levá-la para descansar? Eu já te devolvo o Shiro-san! — Falou um pouco mais alto, acenando para os dois albinos e virando-se para o único membro do Esquadrão Vermelho que havia sido no mínimo simpático — Até depois..? — Inclinou a cabeça logo voltando-se para Shiori. Estava estranhamente agitada naquele momento. Provavelmente, culpa do desconforto que sentia em estar ali. — Mal espero a hora que esses dois vão parar de enrolar. — Comentou com o Uchiha mais novo.

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Seguindo o exemplo de Arisu, Shiori elevou o capuz e recolocou a máscara de raposa. Preferia daquela forma, afinal mais alguém poderia o reconhecer assim como fizera o Daimyō. Apenas esperava que o povo de Rōran não estranhasse as figuras encapuzadas e mascaradas andando pela cidade.

Um sorriso se formou embaixo da máscara, mas logo foi pego de surpresa quando a Chinoike puxou a si e ao seu irmão. Não precisou pensar muito para entender que o estava fazendo para deixar Fubuki e Amane sozinhos; realmente, se dependesse apenas dos dois, eles nunca sairiam e meio que todos sabiam que estavam afim um do outro. Se estivesse sem máscara, Arisu poderia ver a careta que estava fazendo para ela. Era um pouco hipócrita da parte dela tentar unir um casal quando ela própria estava evitando dizer a Shiro como se sentia.

Me tirou do meio de um casal pra me enfiar em outro? Talvez vocês dois devessem parar de enrolar — disse um tom de irritação na voz. Shiori daria qualquer coisa para reencontrar com Yoshiko e dizer como se sentia, enquanto aqueles quatro não aproveitavam o tempo que tinham. O Uchiha sabia que, no mundo em que viviam, o próximo dia sempre podia ser o último. Suspirou, tentando se acalmar. — Desculpa. Eu falei demais. Eu vou ir descansar.

Sem dizer mais nada, Shiori deixou a companhia do seu grupo e dirigiu-se aos aposentos onde repousariam. Estava arrependido de ter dito aquilo, principalmente pela forma que eles poderiam se sentir; mas no fundo, sabia que não estava errado e as feridas que ambos tinham só poderiam ser curadas um pelo outro. Mantendo-se vigiado constantemente pelos seus corvos, Shiori enfim deixou-se relaxar desde que saíram do País das Ondas. Sabia que seria o último descanso pelos próximos dias.

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CAPÍTULO 01 — RESSURREIÇÃO
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Com todos os assuntos encerrados e os objetivos da missão esclarecidos, os dois grupos se retiraram do salão do Daimyō do País do Vento e decidiram passar descansar em Rōran antes de partir; o que era uma sábia escolha considerando que precisariam poupar o máximo de energia tanto para viajar até o complexo de minas, quanto para a própria missão em si.

Os nove shinobi partiram na manhã seguinte, rumando pelo deserto que tomava quase todo o território do País do Vento. Mesmo que já tivessem atravessado o deserto, os Shinigami aproveitaram o conhecimento do Esquadrão Vermelho para guiar-se com mais facilidade pelo terreno arenoso. Infelizmente, os grupos ainda eram estranhos um para o outro, mas talvez aquela fosse uma boa oportunidade para estreitar os laços ou pensar em alguma abordagem.

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Assim que a reunião com o daimyõ se encerrou, Fubuki fez uma longa e respeitosa reverência tanto para o chefe de estado, como para seus mais novos companheiros. Não sabia o que esperar daquela parceria e nem quanto tempo ela iria durar, mas o albino esperava com todo seu coração que ela fosse próspera. Estava ansioso para conhecer melhor aqueles intrigantes ninjas da areia... mas queria que eles não o conhecessem melhor. Sabia que havia sido reconhecido por Enomoto, e isso lhe causou extremo desconforto. Não havia coisa pior para Fubuki do que ser reconhecido como parte vital daquela guerra, não quando sua parte era executada de forma negativa. A máscara voltou a tapar seu rosto após a reverência e o rapaz saiu da sala ao lado de Shiro, fazendo junto do amigo alguns apontamentos sobre o que havia sido levantado na breve reunião. Entretanto, perdeu o Uchiha quando este foi puxado pela ninja médica do pequeno grupo, o que deixou o Hyuuga confuso. Ainda mais desconcertado ficou quando percebeu as intenções da amiga em deixá-lo de alguma forma sozinho com Amane.

O rubor em suas bochechas só não poderia ser notado graças a máscara de madeira e o capuz que o escondia. Talvez se Arisu não tivesse feito aquilo e deixado óbvias as intenções, aquilo não fosse tão desconfortável e constrangedor. O rapaz ficou extremamente nervoso, gaguejou em suas palavras e desconversou, indo rapidamente se trancar em seu quarto. Sentia-se com 14 anos novamente.

A noite demorou para passar, principalmente por causa de Atsuya que insistiu em lhe xingar graças ao "rabo que tu amarrou nas bolas e agora não sai do meio das pernas", nas palavras do irmão mais velho. Assim como os demais membros do grupo originário de Konoha, Atsuya já estava impaciente com toda a enrolação entre seu irmão e Amane. Eles estavam certos de que havia algo entre os dois. Fubuki, por outro lado, não tinha certeza de nada. O rapaz nunca, em momento algum, conseguiu-se imaginar em uma relação... romântica. Apenas pensar na palavra fazia com que o rapaz se sentisse embaraçado. Não é como se ele não notasse as qualidades de Amane. Para ele era impossível não notar, uma vez que a garota possuía um número exacerbado de características positivas que faziam com que seu peito agisse de forma estranha. Amane causava esse efeito em si. E não precisava se esforçar para isso. Um impulso, um olhar, um toque, qualquer coisa que aquela mulher fizesse fazia com que o coração de Fubuki dançasse.

Isso, entretanto, ele não sabia se era algo positivo. Não sabia absolutamente nada sobre relacionamentos que não fossem amizade. Se ao menos Karina estivesse ali para lhe ensinar... sentia tanta falta da garota, todas as noites se perguntava se ela estava bem e chorava com a ideia de que ela pode não estar. A Akimichi sempre seria uma irmã mais velha para o albino e mesmo ela já notava algo entre Fubuki e Amane. Ela dizia que ele deveria tomar uma iniciativa, mas que iniciativa deveria tomar? Havia tantas problemáticas em se iniciar um relacionamento fora a própria ignorância do rapaz. Uma delas era o irmão que habitava sua mente e corpo, o que poderia fazer com que as coisas se tornassem estranhas de alguma forma. Fubuki, definitivamente, não queria que nenhum de seus amigos tivessem que encarar suas complicações estranhas. Principalmente Amane.

O Hyuuga acordou cedo como de costume e se preparou para a jornada que faria. Iriam paras as fronteiras do País do Vento combater ninjas de Kizunagakure. Trajou as mesmas roupas do dia anterior, mas dessa vez com a lendária espada Kusanagi em suas costas. Não se lembrava como deixou Atsuya lhe convencer a lutar com espadas, mas o rapaz se tornou tão habilidoso quanto o irmão em pouco tempo. A espada pertencente a Hokage que antecedeu seu pai e Arashi era uma relíquia de poder inimaginável, e a pressão por carregá-la assombrava Fubuki.

Os grupos, agora tendo se tornado um só, se uniram e avançaram pelo deserto. O rapaz ativou o seu Byakugan em determinada parte do trajeto, tanto para ver dezenas de quilômetros a frente quanto para visualizar e decorar as assinaturas de chakra de seus novos aliados. O rapaz se fascinava ao ver como eles eram diferentes, mas mesmo seus movimentos no deserto pareciam sincronizados. Era um grupo deveras peculiar.

... tá de sacanagem com a minha cara que tu não vai chegar nela? - Atsuya chamou a atenção do irmão em seu plano mental compartilhado.

Oi? - ele havia entendido, mas queria não ter.

Se faz de sonso não, ô donzelo. Depois da arregada que tu deu ontem, deve ter perdido mó pontuação com a Amane aí.

Ah... - o rapaz tentou se fazer de desinteressado, mas Atsuya sabia que a provocação havia incomodado o irmão. Eles compartilhavam a mesma mente, afinal.

Qual é, eu te ajudo a chegar nela!- para Fubuki, aquilo era pior do que nunca "chegar nela". - .Vai acabar perdendo ela, maluco.

Desde que ainda sejamos amigos, tudo b-

"Desdi qui aindi sijimos amigis tido bim", ô porra! debochou fazendo vários gestos, Fubuki ergueu uma sobrancelha.- Mano, eu sei que tu é sincero, mas parece que tu tem discurso pronto. Larga essa vida, véi. É bacana legal fazer o bem para os miguxos aí fora, tomar umas decisões baseadas no que é bom pra eles, mas tomar no cu véi, faz algo pra tu. Faz algo que você vai se sentir bem. - Atsuya não era um Shiro, mas era extremamente persuasivo. E não estava errado, no final das contas. Fubuki era extremamente com fazer o bem para sua família e quase nunca parava para refletir sobre o que seria bom para si mesmo. Por outro lado, não via nada errado no que fazia. Ao ver que deixou o irmão minimamente pensativo, Atsuya deu um sorriso pontiagudo. - E tu sabe o que tu quer! Agora vai lá tigrão, mostra a sua juba!

Eu tenho quase certeza que a analogia não é essa.

Quem é o tigrão? Quem é o tigrão? - o mais velho flexionava os joelhos e sacudia o mais novo pelos ombros. Fubuki, por sua vez, tentava manter uma expressão amena no rosto, que ia desaparecendo em incomodo conforme era sacudido.

Tudo bem, eu vou falar com ela.- Atsuya ergueu os braços em comemoração.- Mas depois.

Taqueopariu...

Agora nossa missão já começou e estamos na presença de um novo grupo. Eu sei que todos parecem legais e... - os olhos encararam brevemente Yata, que  havia demonstrado um comportamento estranho no dia anterior - ... quase todos parecem legais e tudo mais, mas acho que não é uma boa ideia tentar resolver coisas pessoais por agora. - Atsuya desistiu, murmurando alguns protestos violentos antes de se calar.

Fubuki riu baixo e sozinho por debaixo da máscara. Atsuya havia mudado muito nos últimos anos, apesar de não parecer. O foco do rapaz voltou para sua missão. Correndo ao lado de seu melhor amigo e líder dos "shinigamis, Fubuki queria propor algo.

- Shiro-san... talvez fosse uma boa hora para nos apresentarmos devidamente e contar sobre nossas habilidades para bolarmos alguma estratégia a partir disso, não? - sugeriu ao amigo, olhando na direção dele mesmo que o Byakugan já o colocasse em sua visão, para que o Uchiha fizesse leitura labial. Sabia que conhecer as habilidades do esquadrão vermelho era muito importante para que pudessem sincronizar seus movimentos. Além do que, Fubuki estava genuinamente curioso.[/i][/i]

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O caminho tortuoso pelo deserto começava. Com seu capuz e máscara postos, Ryu corria entre os shinobi recém aliados, não ficando por último nem em primeiro. Era comum se posicionar assim em travessias, já que sendo o médico do esquadrão, não poderia fazer linha de frente e nem arriscar ser atacado pelas costas, devia manter-se inteiro a todo custo pelo bem de todos.

O ruivo fez questão de estar próximo dos dois grupos, queria estar a postos para ouvir as ordens de sua líder mas próximo o suficiente para interagir com os Shinigami. Não entendia por que se interessava, haviam várias sensações juntas, a excitação de conhecer novas pessoas, a curiosidade sobre seus propósitos e as dúvidas sobre seus passados.

O Uzumaki atentou-se para o primeiro que quebrou o silêncio, sabia que o mascarado não falava com ele mas não pôde deixar de ouvir. Saber as táticas de combate dos aliados era essencial, algo que nunca foi uma preocupação dentro do Esquadrão, que buscava sempre manter em perfeita sincronia todas as suas formações. Ryu optou por não interferir na conversa entre os Shinigami, mas estava visivelmente interessado, olhando fixamente para aquele que falou. Pela voz, ele sabia que se tratava do rapaz albino, o primeiro do grupo a se revelar, então olhou-o disfarçadamente.

Os olhos aperolados eram dificilmente vistos pelos buracos da máscara de raposa em movimento, mas o leve vislumbre encantava Ryu, a aparência daquele olhar era única e tinha despertado algo dentro do Uzumaki; não sabendo se era pavor ou admiração, ele acompanhou o Hyuuga mais de perto a partir daquele ponto, esperando que eventualmente conversassem sobre a sincronia de batalha, ansioso.

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Mesmo com todos aqueles anos e as várias experiências de vida que tinha, ainda era capaz de surpreender-se com os próprios sentimentos. Os olhos da garota se arregalaram levemente ao som das palavras do Uchiha mais novo, mas o que mais a surpreendia naquele momento era o sentimento que crescia-a no peito: raiva. Raiva de Shiori. Por trás da máscara florida, a expressão da garota transformava-se lentamente, os olhos azuis tornando-se tão frios como gelo. Nunca na vida havia imaginado que chegaria a sentir algum tipo de sentimento ruim direcionado para aqueles do grupo que agora lhe era como uma família, mas por algum motivo que não sabia, estava com tanta raiva do garoto naquele momento que sequer se pronunciou quando este se desculpou e saiu da presença de ambos. Também sequer se pronunciou quando algumas lágrimas de irritação pingaram no tecido do sobretudo, apenas esfregou o rosto com força, fazendo com que a pele se avermelhasse com tamanha a violência usada.

Sinto muito por isso. — Falou, sem exatamente saber o que dizer naquele momento. Engoliu a seco, apertando as mãos em punhos firmes. — Ele tem razão, porém. Talvez eu devesse parar de enrolar. De qualquer forma, tenha uma boa noite. — Apesar da concordância, tudo o que fez foi olhá-lo pesada, significativamente. Não era hora, ainda. Nunca haveria, sinceramente.

Os cabelos longos flutuaram como uma aura ao redor da garota quando o corpo virou-se, seguindo com passos duros e apressados para o lugar onde ficaria, não poupando forças na hora de bater a porta.

♦

Havia aproveitado-se da presença dos membros do Esquadrão Vermelho naquela missão para que pudesse correr por último. Se antes estava evitando apenas Shiro, naquele dia em particular estava evitando todos os membros dos Shinigamis, tendo interagido com absolutamente ninguém em momento algum. O humor não havia elevado-se nenhum pouco desde a noite anterior, pelo contrário, apenas havia piorado conforme a noite e o dia passavam.

Corria atrás dos outros membros com a atenção redobrada no caminho, peculiarmente, o Ketsuryugan estava ativado o tempo inteiro desde que haviam saído da cidade, e não tinha pretensão de desativá-lo em qualquer tempo próximo. Também não se pronunciaria nem se fosse necessário. Naquele momento, não havia Deus no mundo que fosse capaz de convencer a jovem iryo à qualquer movimento de colaboração que não fosse correr silenciosamente ou salvar a vida de alguém que estivesse à beira da morte.

Era melhor que a pessoa estivesse tão perto da morte que já estivesse com uma etiqueta no dedão do pé para que alguém ousasse à interagir com a Chinoike sem tomar uma grosseria completamente desnecessária.

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