Ninjas Gaiden ETERNAL
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Ninjas Gaiden ETERNALEntrar

RPG de Naruto 10/10


País do Vento - Sunagakure

power_settings_newInicie sessão para responder
+5
Akane Hanako
Uchiha Shiori
Narukami Amane
Chinoike Arisu
Yata Totsuka
9 participantes

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
O calor do deserto do País do Vento castigava a todos, ninguém era exceção, andar pelas areias no sol quente era uma provação que Amane teve que passar uma vez, e já desejou não ter que passar por isso uma segunda vez, mas lá estava a albina, coberta da cabeça aos pés com um manto negro, que fazia questão de esconder o seu corpo dos raios solares e também sua identidade. A albina sofria com climas muito quentes, exigia de uma proteção melhor do que as dos demais, mesmo que estivesse pingando suor do lado de dentro, estar protegida era o principal.

Estavam indo de encontro ao Daimyo do País do Vento e se encontrariam na capital, que ainda estava um pouco longe do grupo. Amane, conforme acompanhava o grupo, se lembrava da última vez que estivera naquele lugar, não eram lembranças agradáveis, foi nesse país que descobrira que Jin era um traidor, que perdeu Shun e Ame, que Shiori havia perdido um olho, que ela havia sofrido uma derrota humilhante. Eventos que a guerra trazia, e que desejava nunca os ter vivenciado.

Seus passos se tornaram mais lentos e ficava um pouco atrás dos demais, ficando entre Fubuki e Arisu que logo chegaram perto, a albina pegou uma pequena parte da conversa que estavam tendo, sobre as estações, de fato ela não gostava do calor.

— Sim, você está certo Fubuki-kun. — sua voz também estava abafada pela máscara que usava em seu rosto. — Por isso devemos apreciar o que cada uma delas nos traz de especial, a primavera por exemplo, as flores desabrocham e podemos ver a beleza que elas proporcionam. — seu rosto estava voltado para cima e depois voltou a olhar para frente.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
CAPÍTULO 01 — RESSURREIÇÃO

Shiro, Arisu, Fubuki, Amane, Shiori


Independente da preparação que tinham e do conhecimento provindo das viagens anteriores ao País do Vento, a travessia pelo deserto mostrou-se difícil e traiçoeira. O sol extremamente quente era cruel e as dunas de areia pareciam nunca ter fim; era como se estivessem presos em um looping, sempre atravessando o mesmo trecho de areia seca. O trajeto pelo interior do deserto durou um dia inteiro, com o grupo alcançando a capital do País do Vento apenas após o meio-dia. Independente de como imaginassem aquele lugar, nenhuma de suas ideias os prepararia para a grandiosidade de Rōran, o coração do País do Vento — pelo menos para aqueles que não eram ninjas.

País do Vento - Sunagakure - Página 6 Latest?cb=20110502084424

Mesmo de longe, a vista já era de tirar o fôlego. Protegida por grandes muros, a cidade era composta principalmente por altas torres que rasgavam os céus, conectadas por passarelas que aterrorizariam qualquer com fobia de altura. No centro da enorme cidade, estava uma torre maior do que qualquer uma das outras e, provavelmente, era o destino do grupo. Assim que se aproximaram dos portões, foram barrados pelos guardas, mas sem demora um homem em vestes formais surgiu através dos portões, rumando na direção dos cinco shinobi.

Vocês são os mercenários contratados pelo Daimyō do Vento, certo? — perguntou o homem, tendo a confirmação ao analisar melhor as máscaras de raposa como descritas por Shiro na carta enviada. — Venham comigo, por favor. Meu mestre está esperando.

De dentro, a cidade era ainda mais impressionante. Ao olhar para o alto, as torres os faziam parecerem minúsculos, como as mais pequenas formigas. Muitas pessoas andavam pelas ruas e passarelas e algo interessante de se notar era que, diferente de Iwagakure, no País da Terra, a vila não possuía uma aparente divisão de classes, como se todos fossem iguais. Entretanto, não podiam julgar um livro pela capa; aquela cidade era enorme e poderia esconder muitos segredos.

Esta é Rōran, a capital do País do Vento. Esta cidade está aqui muito antes de Sunagakure sequer existir. Normalmente, a cidade é muito mais vívida, mas na situação em que nos encontramos... — o homem falou um pouco pela cidade, enquanto os guiava por uma escadaria que rodeava uma das torres. Se olhassem com mais atenção, podiam notar os efeitos da fome nas pessoas. Muitas tinham uma expressão aflita estampada nos rostos muito pálidos e um aspecto cansado. — Sinto que, se continuarmos dessa forma, o país inteiro vai morrer.

O grupo demorou certo tempo subindo as escadas e atravessando passarelas enquanto o homem, que se revelou o principal assessor de Enomoto Norio, o Daimyō, contava um pouco sobre a cidade e as torres. Aqueles ninjas provavelmente poderiam subir todas aquelas torres facilmente apenas com as suas habilidades mais básicas, mas poderia ser indelicado. Enfim, alcançaram a torre mais alta no centro da cidade, adentrando a sala do trono do Daimyō do País do Vento.

País do Vento - Sunagakure - Página 6 ENOMOTO_NORIO

Norio: Sejam bem-vindos à Rōran. Agradeço por responderem ao meu chamado. Por favor se aproximem — cumprimentou o Daimyō, hospitaleiro.

O homem de longos cabelos prateados tinha uma expressão simpática no rosto, mas era evidente o quanto estava preocupado, cansado e, principalmente, cauteloso, afinal, em tempos como aquele, não poderiam confiar em qualquer um. Apesar de ser a sala do trono de um grande Daimyō, aquele lugar parecia-se mais com um modesto tempo do que qualquer outra coisa. Pelas paredes, haviam diversas tapeçarias mostrando imagens do deserto e da construção de Rōran; para a surpresa dos cinco jovens, entre estas, algumas retratavam a Ichibi, a Bijuu de Uma Cauda. Nas imagens, a besta parecia ser muito mais um espírito místico do deserto do que um demônio como conheceram. Notando melhor, também havia uma estátua, do tamanho de um ser humano, da Ichibi logo atrás do trono de Norio.

Norio: Primeiramente, devo me apresentar de forma correta. Me chamo Enomoto Norio, 19° Chefe da Família Rōran e Daimyō do País do Vento. Como devo chamá-los? — perguntou ao grupo, admirando as máscaras de raposa que escondiam os seus rostos.

Ryu, Hanako, Hayato, Yata


Os dias em Sunagakure sempre começavam pelo buraco. Apesar de ter se tornado algo como um ponto de referência na Vila Oculta da Areia, o buraco era um constante lembrete de tudo o que aquele povo havia perdido nos últimos anos. Seis anos atrás, quando a Ichibi fora liberta no território da vila, o gigantesco paredão que defendia Sunagakure, fora bombardeado por uma bijuudama, uma esfera massiva de chakra que era algo como uma técnica de assinatura das Bestas com Cauda. Mesmo do tamanho de uma montanha, a defesa natural não fora o suficiente para segurar o poder da Ichibi, deixando uma enorme falha perfeitamente redonda na rocha maciça — e no orgulho de todos os moradores de Sunagakure.

A manhã passou-se tranquilamente para os parâmetros do pequeno grupo de sobreviventes de Sunagakure e após o almoço modesto, seguiram com seus afazeres. Entretanto, sem qualquer aviso, a terra árida começou a tremer violentamente. Pessoas eram derrubadas e as casas mais antigas eram inteiramente destruídas. Rachaduras surgiam no solo seco, deixando marcas de mais um terremoto. Os tremores continuaram por alguns minutos e, assim como começaram, subitamente pararam. Por mais estranho que fosse, aqueles terremotos estavam se tornando cada vez mais constantes; apesar disso, tinham muitas outras coisas para se preocupar, como no alimento do dia seguinte.

O céu inteiramente azul do deserto logo foi pintado por um único ponto escuro, que aos poucos descia ao solo planando com suas asas cobertas de penas. Um grande falcão de pelugem escura pousou sobre a cabeça de um dos bonecos que Uzumaki Ryu utilizava em seus treinos. A ave não se importou com a situação do rapaz, apenas esticando a perna e mostrando o pergaminho enrolado, impaciente. Na carta, que parecia ter sido escrita às pressas, havia um chamado do Daimyō do País do Vento, Enomoto Norio, para que comparecessem imediatamente em sua torre, na capital Rōran. Tinha uma missão urgente para o Esquadrão Vermelho de Sunagakure.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
Estava sentado recuperando o fôlego para finalmente dar uns goles em sua garrafa de bambu, visivelmente ressecada e desbotada pelo clima do deserto. Ryu parecia ir se acalmando conforme os seus batimentos cardíacos eufóricos reduziriam aos poucos e a adrenalina deixava seu corpo. Com uma sensação de formigamento generalizada e a estamina baixa, o ruivo se levantou e se esticou tendo finalmente encerrado seu treino, esperaria agora a chegada de seus aliados para que coordenassem suas estratégias de combate.

Foi quando ele percebeu a sombra da ave, sobrevoando interessada, descendo completamente para pousar num dos bonecos a frente. O rapaz se aproximou da criatura, que parecia apreensiva "Isso com certeza é da capital, tenho um mau pressentimento." Pensou, enquanto desamarrava o pergaminho e quebrava seu lacre com o selo do confronto.

Ryu calmamente retirou as agulhas que havia disparado antes de seus alvos, guardando-as organizadamente em seus coldres. Aquele treino desgastante não falharia com ele agora, mesmo que um falcão da Capital do Vento seja algo para se preocupar, estava racional e objetivo, decidindo vestir-se e levar o pergaminho ainda fechado para o local onde estavam seus aliados reunidos.

Chegando lá, demonstrou rapidamente sua expressão de alarme, mostrando o pergaminho sem dizer uma palavra. Pelo estilo externo, todo o esquadrão vermelho reconheceria a origem daquela mensagem, bastavam decidir o que variam com ela. No entanto Ryu parecia um pouco abatido, a sensação de formigamento ainda não teria passado e estava visivelmente cansado. Ele entregou para Hanako o pergaminho, observando-a ler a mensagem apreensivo, esperando suas ordens e informações.

País do Vento - Sunagakure - Página 6 Original

As coisas vão se agitar daqui pra frente, né Hana-chan?

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
Os olhos de Shiro, escondidos sob a máscara, quase arregalaram-se em surpresa quando viu os arranha-céus rasgarem o horizonte lentamente. Jamais imaginaria uma cidade daquela magnitude em um lugar tão… Difícil. De certa forma, conseguia compreender os motivos desse lugar ser a capital do país e residência do próprio Senhor Feudal somente olhando para as robustas muralhas que circundam  o local. Realmente, algo grande estava por vir.
Quando se aproximaram do portão da cidadela, os guardas do local fecharam a entrada com suas lanças, formando uma cruz que impedia-os de passar. Observando bem, pareciam ser guardas comuns; não-shinobi. Era natural, afinal. A mão direita de Shiro saiu lentamente de seu bolso, mas antes que algo acontecesse, um homem se aproximou e acalmou a situação.

Parecia um homem de classe, provavelmente também não sendo nenhum dos mercenários que o daimyo costumava contratar. Dada a sua voz que apaziguava a situação e permitia a entrada, só podia entender que era alguém próximo, com influência sob os guardas locais. De toda forma, sozinho ele reconheceu o grupo, e permitiu com que passassem pelas gigantes muralhas. Finalmente tinham chegado na capital do país do Vento.
Durante quase todo o trajeto, Shiro ficou em silêncio, somente o acompanhando. Conseguia ler os lábios do homem, que dava uma explicação básica sobre os monumentais prédios da cidade. Era incomum algo desse tamanho anteceder uma vila shinobi, o que despertava certa curiosidade no Uchiha, mas continuou quieto. Veria os detalhes depois, se necessário, agora o foco era ir ao encontro do Senhor Feudal.

Após tanvos degraus e corredores, finalmente, chegaram à sala do trono do Daimyo. O lugar era igualmente majestoso e nobre, com tapeçarias e estatuetas em todo o lugar — incluindo imagens da própria besta que assolou aquele país por muito tempo, o que era ainda mais estranho. Qualquer um teria destruído aquelas figuras… Estava começando a entender que havia muito sobre aquele lugar que, ainda, não entendia.
Há anos atrás, aquela oportunidade de encontrar o dono de um país em pessoa seria de ouro. Em tantas formas diferentes, poderia obrigá-lo a se retirar da guerra; o que seria bom, se já não estivessem derrotados. Esse mundo era mesmo imprevisível.

Enomoto Norio, pode nos chamar de “shinigami”.
Respondeu após alguns poucos segundos de silêncio. Nunca haviam pensado em um nome antes, afinal, um nome fariam-os parte do sistema. Não eram. O apelido era até mesmo agressivo e bem ostensivo, mas não se importava. Era do que precisavam agora.

Eu sou Kūhaku, pode me chamar somente disso. Sou o que representa os Shinigami e fala por eles. — era um nome apropriado, afinal. —  Então… De que forma podemos ser úteis, senhor Enomoto? — A abordagem direta era conveniente, afinal, era ele quem precisava de ajuda.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
O tamanho das construções na capital do País do Vento, Rõran, fez com que o queixo de Fubuki despencasse. Definitivamente não esperava um lugar como aquele no meio do deserto. Talvez estivesse sendo preconceituoso ao pensar que não haveria luxo no deserto. De toda foma, aquilo que via em sua frente chegava a ser extravagante. Mesmo vilas ricas do País do Fogo não tinham tamanha ostentação. Com os prédios arranhando os céus, Fubuki se perguntava se todo aquele esbanjamento não afetava a vida das pessoas das demais vidas, evidenciando uma possível desigualdade social elitista.

Então é aqui que o daimyõ mora, é? É tudo tão grande.. - comentou Atsuya, aparecendo em forma de projeção mental ao lado de Fubuki. Ele tirou a máscara do rosto, revelando uma expressão surpresa. - Será que ele tá tentando compensar alguma coisa?- disse com um sorriso pontiagudo e sacana, cutucando o braço do irmão com o cotovelo. As preocupações de Atsuya eram diferente das de Fubuki, claramente.

Ao passarem pelos guardas graças ao que parecia ser o assistente ou assessor do Chefe de Estado, Fubuki imediatamente descartou sua teoria. Conseguia ver que não havia ninguém que esbanjasse riquezas enquanto andavam pelas ruas. As pessoas já estavam acometidas pela fome e pela seca e sinais claros de desleixo com a arquitetura podiam ser notados pelos olhos atentos do albino. Suspirou profundamente enquanto subiam as escadas que os levariam até o escritório do homem mais importante do país, politicamente falando; Enomoto Norio.

Assim que passou pela porta de entrada da sala, os olhos brancos analisaram todo o recinto atentamente, capturando todos os detalhes possíveis. De imediato, Fubuki sentiu uma estranheza e um incômodo sem igual com as várias "homenagens" ao ser que havia assolado a Vila Oculta da Areia. Desviava os olhos da representação do Ichibi que ficava logo atrás do daimyõ, se sentindo desconfortável, como se aquilo o remetesse a terríveis lembranças. E de fato o fazia. Que tipo de chefe colocaria estátuas do que destruiu parte de sua nação e é parcialmente responsável pela situação que havia os trazido ali? Bem, de certa forma, ele estava contratando os responsáveis diretos por tudo aquilo, só não sabia disso...

HAHAHA, olha só!- sua atenção foi chamada por Atsuya, que surgiu novamente na forma de projeção mental. Ainda não havia se acostumado com isso e ficava feliz por ser o único a vê-lo e ouvi-lo. O irmão mais velho de Fubuki estava com as mãos na cintura de frente para a enorme estátua da Besta de Cauda, um pouco maior do que ele mesmo.- Esses lunáticos, cabeças de cocô de gato têm um puta senso de humor irônico! - Fubuki queria morrer. - Uh, da última vez que eu vi esse cara aqui ele tava um pouco maior. E com umas casas embaixo do pé.

Não era mentira, afinal. Quando Fubuki viu pela primeira vez uma bijuu, sentiu-se apavorado. Seu Byakugan lhe proporcionava uma visão privilegiada do chakra, melhor do que o Sharingan de Shiro ou o Rinnegan de Gouki. Mas aquele foi um dos momentos em que não desejava ter herdado o poder dos Hyuuga; seus olhos arderam de forma absurda ao ver aquela titânica massa de chakra extremamente corrompida e poderosa. E, graças ao mesmos olhos, pôde testemunhar em detalhes o esvair da vida de várias pessoas nas mãos da criatura. Alguns desses rostos o atormentavam até os dias atuais. Não encontrava um bom motivo para tamanha devoção ao Ichibi.

Voltou a prestar atenção nas palavras do daimyõ, que parecia ser extremamente simpático. Quando ele perguntou como deveria chamá-los, o silêncio pairou no ar, seco como o deserto. Não se lembrava de terem tido sequer uma reunião para decidir um nome para o grupo desde que deixaram Konoha, e "Os Desertores" não soava muito bem. Mas definitivamente soava melhor do nome decidido por Shiro. Shinigami. Deuses da Morte. O Hyuuga fez uma careta expressiva por debaixo da máscara, embora imperceptível para quem o observava. Havia ficado extremamente incomodado com o nome e esperava que aquilo não fosse, de forma alguma, definitivo. Agora restava para os "deuses da morte" aguardar pela resposta do tão peculiar homem.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
Aquele lugar era muito diferente do que esperaria de qualquer localidade no País do Vento. Era, sem dúvida alguma, fascinante; até ali, nunca vira estruturas tão incríveis como aquelas, tão altas que alcançavam os céus. Talvez estivesse errado em pensar que no deserto havia apenas pobreza, mas esperava que pelo menos fossem diferentes dos nobres do País da Terra.

Felizmente, eles eram. Mesmo que as torres fossem belíssimas, isso não significava que as pessoas daquele lugar viviam na riqueza. Talvez aquele lugar já fosse muito antigo. Repentinamente, ficara ansioso para conhecer mais da história de Rōran e de todo o País do Vento. Entretanto, esse sentimento desapareceu logo que passou a observar melhor os residentes da capital, que evidentemente sentiam os efeitos da escassez de comida. Shiori sentiu uma pontada de raiva em seu peito; o que Kizunagakure estava fazendo com aquele lugar, que já admitiu a derrota da guerra, era desumano, não tinha qualquer explicação. Como podiam condenar tantas pessoas inocentes à morte daquela forma? Neste momento Shiori soube que fez a escolha correta ao vir até ali.

Um desconforto tomou conta do Uchiha mais novo assim que adentrou e analisou a sala do trono do Daimyō do País do Vento. Seria um belo lugar, se não fossem as várias representações da Ichibi nas tapeçarias, além de uma estátua da besta de uma cauda logo atrás do senhor feudal. O que estava acontecendo ali? Era como se até mesmo cultuassem aquela criatura como uma divindade... Shiori tinha vontade de perguntar sobre, mas não era o momento e provavelmente incomodaria o seu irmão.

Entretanto, a maior surpresa do dia não foram as torres de Rōran nem as representações de Ichibi como uma divindade, mas sim o nome escolhido por Shiro para os representar. Shinigami. Deuses da Morte. Até aquele momento, não haviam decidido um nome para o seu grupo, mas aquela situação era diferente; estariam trabalhando para o Daimyō de um grande país, então precisavam ser reconhecidos de alguma forma. Shiori estranhou o nome, mas, no fundo, sabia que era condizente com o grupo, principalmente consigo.

"Ho ho! Adorei, combina muito com a gente!", disse Kagutsuchi no fundo da sua mente. Sabia que, através de si, ele observava Shiro. "Onii-chan sabe escolher nomes, não é? Kūhaku é bem profundo."

"É onii-sama. Tenha respeito", Shiori o corrigiu, irritado.

"Tá, tá. E qual seria o nosso nome, ein? Zenmetsu? Kuchiku-kan? Eu não sou muito bom com isso...", sugeriu nomes, mas o demônio soou desapontado no final.

Shiori decidiu ignorar o demônio que continuava a pensar em nomes para eles, mesmo que estivesse incomodado que Kagutsuchi escolhesse apenas nomes relacionados à destruição; talvez ele tenha entendido muito melhor a ideia por trás dos Shinigami do que Shiori. Mesmo assim, evitou qualquer ação, deixando que Shiro liderasse a reunião. Não havia ninguém melhor nisso do que ele.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
Hayato esperou que todos se servissem e então estendeu sua cumbuca para Ryu. Não importava quão precário fossem os ingredientes, o jovem sempre fazia uma comida digna de reis e hoje seria um banquete. ”Vou pegar duas porções, quero levar uma para o Yata, não o vi desde que começamos a servir.”
Ele levou com cuidado as duas refeições até a tenda de Yata, onde imaginava que o jovem estivesse, era comum que o menino se isolasse mas Hayato sempre tentava trazê-lo mais próximo do grupo. Ele parou na entrada da tenda e olhou para dentro e ao ver o Yata ali dentro se sentou no chão. “Você vai precisar encher a barriga depois daquela luta com o Ryu, vocês dois estavam ferozes, queria ter chegado mais cedo para assistir como aquilo tinha se desenvolvido” Ele estendeu a cumbuca com o ensopado quente para o colega, mantendo uma expressão amigável em seu rosto e logo depois começou a comer a sua própria comida, ele se preocupava com Yata e sabia parte de sua estória e quando via a chance sempre se mostrava disposto a ouvir o que ele tinha para falar.

Hayato usou seu tempo de descanso após o almoço para pensar sobre os planos do grupo, ele tentava imaginar como executar seus planos sem deixar o povo desamparado. Ele estava indo de encontro a Hanako quando Ryu abordou os dois tendo um pergaminho da central em suas mãos.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
Havia passado algum tempo desde que Ryu se separara do grupo para ir treinar. Hanako esperava a comida assentar antes de qualquer coisa, não gostaria de regurgitar o banquete que lhe era tão raro. Não tardou e lá estava Ryu novamente, parecia cansado mas não foi isso que a chamou atenção; a expressão atônita e o pergaminho que o ruivo carregavam já diziam tudo. Leu o pergaminho com atenção, releu uma, duas, três vezes para ter certeza, saiu de seu transe quando Ryu a questionou.

—Enomoto nos aguarda na capital em sua torre, parece urgente.— viu os rostos confusos de seus companheiros e completou —Não, não temos nenhum detalhe da missão. Vamos partir, se organizem... conversaremos no caminho. Preciso que preparem armas, rações e pergaminhos para levarmos. Vamos subir o muro da ilusão de ruínas e avisar os civis, Ryu você me acompanha.— apontou para o ruivo indicando o caminho para o esconderijo dos civis —Partiremos antes do anoitecer, vejo todos mais tarde.— se virou para os companheiros indo em direção aos civis junto do Uzumaki.

Não sabia ainda responder a pergunta do ruivo, só saberia o tamanho do problema quando estivesse cara a cara com ele ou quando visse o estrago que poderia causar, até então era apenas um chamado urgente para uma missão, uma convocação desesperada por assim dizer. Com a ajuda de Ryu conseguiu colocar a barreira de pedras resultantes das ruínas da cidade em volta do esconderijo dos civis, de longe passava a impressão de serem realmente apenas destroços, isso os camuflaria de ladrões entre outros malfeitores enquanto estivessem fora. Graças a Hayato os civis também tinham suprimentos para se manterem por alguns dias sem precisar se arriscarem caçando mas Hanako os instruiu a saírem cedo quando os pássaros migravam de manhã para caçarem. Ali já estava tudo pronto, Hanako dispensara o Uzumaki para que ele próprio se organizasse e ela foi se preparar.

Levava consigo seu arco e flecha, tantô, sua argila explosiva, bombas de fumaça, bombas de luz, papéis explosivos entre outros suprimentos básicos. Por último vestiu sua capa para proteger do sol forte do deserto e foi se juntar aos outros que já estavam prontos e com suas devidas máscaras no rosto.

—Vamos partir.— disse colocando sua própria máscara de Hannya, o oni vermelho.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
Os olhos avermelhados de Amane expressavam surpresa ao ver as construções de Rōran, não esperava que o País do Vento, que sofreu por muito tempo e ainda continua a sofrer, possuindo aquela magnitude, aquela cidade parecia não sofrer com as consequências geradas pela guerra, mas se fosse mesmo o que aparentava, não haveria motivo para que o Daimyo os chamasse. Desviou seu olhar para prosseguir junto com o grupo ao encontro do Senhor Feudal do País do Vento.

O silêncio predominava, a albina, mesmo enquanto seguia até a sala do contratante, não abria a boca para nada, era em locais desconhecidos que ela buscava analisar o máximo de coisas que tinha dentro do seu campo de visão, não virava a cabeça e sempre olhava o que estava a sua frente, esperando que aquela visão pudesse melhorar com o fim da guerra. Logo chegaram até o homem, Amane ouvia atentamente o que diziam, não havia gostado muito do nome dado para o grupo por Shiro, mas era a opção que tinham no momento, afinal não poderiam anunciar quem eram realmente, poderia causar alvoroços e estariam se expondo, e não gostariam disso.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
O queixo de Arisu estava caído. Aquele lugar não parecia de maneira nenhuma o lugar que se lembrava em sua memória. Franzia o cenho, sem jeito e sem saber muito bem como reagir à tudo aquilo, apenas continuou caminhando pelas ruas silenciosamente. As mãos seguravam uma à outra atrás das costas, a postura ereta e tentava demonstrar que estava confiante, mas sabia que aquilo não era verdade.

Por fim, apenas ficou atrás dos demais, silênciosa por trás da máscara de cerejeiras.

descriptionPaís do Vento - Sunagakure - Página 6 EmptyRe: País do Vento - Sunagakure

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
power_settings_newInicie sessão para responder