Ninjas Gaiden ETERNAL
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RPG de Naruto 10/10


País do Vento - Sunagakure

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Akane Hanako
Uchiha Shiori
Narukami Amane
Chinoike Arisu
Yata Totsuka
9 participantes

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CAPÍTULO 01 — RESSURREIÇÃO

Shiro, Arisu, Fubuki, Amane, Shiori

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[justify]Era evidente que Enomoto Norio entendia os riscos de unir dois grupos tão distintos daquela maneira; era um homem vivido, que governava aquele país há muitos anos e já passara por todo tipo de infortúnio para manter o seu povo vivo. Entretanto, havia certos momentos que precisava fazer movimentos desesperados, afinal, era a vida da população do País do Vento que pesava na balança. Mesmo assim, deixou um sorriso surgir em seu rosto quando Uzumaki Ryu abaixou a sua máscara e cumprimentou Shiro amigavelmente. Logo o sorriso se desfez assim que Hanako se aproximou da mesa, apresentando-se aos Shinigami e dizendo o que pensava da situação.

Norio: Akane-san, eu a agradecerei se não dirigir sua raiva de Akasuna Ida a mim. Compartilho dos mesmos sentimentos em relaçào àquela mulher e aos seus métodos e anseio pelo dia em que ela pagará pelos seus crimes. O povo do País do Vento não se beneficiará com atrito entre nós dois — o homem respondeu sereno, mas mantendo o tom de seriedade em sua voz. Voltou a caminhar até a mesa, agora voltando-se para Shiro. — Perdoe-me, Kūhaku-san. Sobre a sua pergunta: a maioria dos shinobi estacionados nesta área eram originalmente de Sunagakure. Infelizmente não temos dados suficientes sobre estes, visto que a antiga Kazekage garantiu-se de não compartilhar qualquer informação relevante sobre o seu exército conosco, principalmente após o nosso rompimento seis anos atrás. Porém, sabemos que são compostos principalmente de Jounin. Talvez com melhor observação da área, Akane-san ou Uzumaki-kun possam dar mais informações relevantes. Agora, sobre a missão.

Com a chegada do Esquadrão Vermelho, o Daimyō explicou novamente a situação das áreas tomadas por Kizunagakure; não surpreendeu-se ao descobrir que eles já sabiam de todas aquelas informações por investigação própria.

Norio: A sua primeira missão é a seguinte: infiltrar-se no complexo de minas na fronteira com o País dos Rios e tomá-la de Kizunagakure — foi breve e objetivo. — Sei que, em um primeiro momento, pode parecer que as minas não são importantes como a zona rural, entretanto, a zona rural está muito mais bem guardada que as minas e assim que pudermos voltar a mineirar, poderemos adquirir alimento dos pequenos países a oeste até recuperarmos a zona rural — explicou o seu ponto. Depois apontou para a única entrada entre a cordilheira que rodeava ambas as zonas. — Além disso, a única passagem entre a cordilheira fica próxima à vila mineira. Se tomarem essa área, poderei enviar mais guardas para auxiliar em manter o lugar. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre — perfuntou primariamente para Kūhaku e Akane, os líderes de seus grupos, mas tosos eram livres para acrescentar o que achassem pertinente.

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Ryu não esperava uma reação diferente do Shinigami que foi cumprimentar, pelo contrário, já imaginava que o tratamento seria aquele. Um aperto de mão quieto, porém aceito, para o ruivo era o suficiente. Ele entendia a situação complicava em que estava, as pessoas poderia morrer com o mais simples dos erros e ser um shinobi em tempos de guerra requeria discrição e auto preservação, mas Ryu ainda não estava disposto a abandonar seu lado mais humano.

Sorriu-se mais uma vez quando seu aperto de mão foi correspondido e sem dizer mais nada, virou-se e se aproximou de seus colegas. Ele olhou de canto para Hanako e rapidamente desviou o olhar colocando mais uma vez sua máscara, ele sabia que provavelmente a líder não aprovou muito seu gesto. Notou o mau humor da amiga quando ela respondeu ao Daimyo com uma assertividade quase agressiva, Ryu imaginava que ter que responder um chamado do Senhor Feudal do Vento não era a opção mais gloriosa da perspectiva do Esquadrão e Hanako fez questão de demonstrar a independência do grupo. Quando a ruiva sugeriu que o Daimyo poderia querer "tirar o dele da reta", surpreendeu-se e fez careta, um pouco envergonhado mas também achando graça.

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Norio, não se estendeu nas farpas com Hanako e logo em seguida trouxe a tona os cursos de ações que pretendia, indicando que os minérios eram de importância não só territorial mas comercial, algo que não estava nos objetivos frequentes do Esquadrão. O fato de Ryu descobrir ali que a zona rural estava muito fortemente guardada o aliviou, afinal ele havia indicado que seria boa ideia atacar ali, o que com a falta dessa informação poderia ser uma decisão letal. Relutante, o ruivo aceitou internamente que aquele era um plano ideal, mas sem gesticular ou demonstrar, deixou a decisão para a Princesa Escarlate.

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Ele não esperava ganhar extrema simpatia com um simples aperto de mão, uma vez que nem sequer falou uma palavra, quando o garoto, aparentemente, disse até demais. No momento, era bom somente mostrar que não estavam ali para agirem de forma hostil, apesar de sentir em seu âmago que, caso vissem seus rostos, possivelmente não iam demorar para fazer isso. Algumas pessoas não conseguiam largar o passado como ele, e isso entendia bem; presenciava bem. Talvez nem mesmo o próprio conseguiria, se fosse consigo mesmo. Mas não era. Por isso, só sabia do que dizia respeito a si próprio e não mais.

Novamente, ele sentiu certa estranheza, a qual dessa vez foi à respeito do comentário da garota — que, por sinal, se apresentou de forma educada — ao Senhor Feudal.
Aquele vocábulo tinha sido no mínimo desrespeitoso de várias formas diferentes; ou Shiro estava atrasado no que dizia respeito aos costumes desse país. Ele próprio não podia falar muito sobre isso, afinal, mesmo como ANBU, nunca teve a oportunidade de se estabelecer em uma reunião dessa forma e dirigir-lhe a palavra frente a frente. Sabia, no entanto, dos procedimentos para o fazer, e isso não incluía agir com certa condescendência, nem de longe. Talvez fossem ter mais trabalho do que estava contando.

De certa forma, compreendia, no entanto. Akasuna Ida era, no mínimo, uma pessoa repreensível e merecedora de qualquer ódio direcionais à ela.
Balançou brevemente a cabeça ao vê-lo se desculpar, como se mostrasse que não havia problema com isso. Com a reunião tendo voltado após a chegada dos novos participantes, novamente, a atenção de Shiro voltou-se ao mapa apresentado.

Hm… Eu não vejo tantas alternativas. O território é quase uma barreira natural, então quem tem o controle, mesmo que em pequena parcela, pode facilmente ditar como as coisas vão correr. Possivelmente, mesmo que tentemos alguma outra forma de invadir, como ir em direção a Zona Rural… estão mais prontos para isso do que para um ataque frontal. — retificou, enquanto ainda observando o mapa. — É um bom plano. Mas nós não vamos longe de não houver algum "varredura" sobre as forças inimigas. Enquanto nos aproximamos e fixamos nossa localização, a espionagem vai ser crucial. Temos algumas ferramentas pra isso, de qualquer forma…

Não havia tanto o que se dizer no momento. Outras formas de investir eram praticamente inviáveis, e só culminaram em uma derrota fácil para a vantagem do outro lado.
Ainda assim, Shiro tinha perguntas. — Se vocês, de Suna, estão retirados oficialmente da guerra… o que Kizuna quer com isso? É pessoal? — por mais que fosse uma questão um pouco de fora do campo de batalha, qualquer informação era crucial. Podiam ser essenciais para oferecer pistas de qual caminho tomar. E Shiro ainda suspeitava que o Daimyo estava as escondendo — se estivesse, seu Sharingan, de forma sutil, o diria.

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CAPÍTULO 01 — RESSURREIÇÃO

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[justify]O Daimyō ouvia as palavras de Shiro com muita atenção, realmente interessado no que ele tinha a dizer e como poderia ajudar o povo do seu país. Ele cruzou os braços, acenando positivamente com a cabeça.

Norio: A abordagem eu deixarei ao seu julgamento, Kūhaku-san. Eu gostaria de poder se maior ajuda, mas estou sem alternativas — confidenciou o Daimyō. Ao ouvir a última pergunta do Uchiha mais velho, Shiro pôde notar uma certa preocupação vinda do homem. — Não tenho certeza. Pelo que sabemos, Kizuna não está conseguindo se manter após a migração. Talvez, para eles, seja fácil roubar de um país que não pode se defender, mesmo que tão distante, entretanto... pouco depois de começarem a extrair recursos da mina, foram relatados terremotos acontecendo à partir dessa área. Não consigo imaginar o que possa estar os causando — explicou, mostrando a área. O Sharingan podia notar que ele, sim, tinha algumas ideias do motivo do terremoto, mas tinha receio de dizer.

O Daimyō afastou-se um pouco da mesa, chamando o seu assessor e cochichando algo em seu ouvido. O servo rapidamente saiu da sala e Norio voltou, apontando mais uma vez para as duas vilas.

Norio: O último ponto que eu gostaria de ressaltar é sobre os civis. Em ambas as vilas ainda existem civis e todos estão sendo feitos de refém, obrigados a trabalhar. Sei que posso estar pedindo demais na situação em que vocês se encontrarão, mas por favor, façam o que puderem para defender também as pessoas que vivem lá — pediu o Daimyō, preocupado com a segurança da população do Vento. — Tudo isso é pelas pessoas que vivem em meu país.

Assim que terminou de falar, o assessor retornou à sala, depositando dois modestos sacos cheios de dinheiro. O Daimyō parecia envergonhado por poder oferecer tão pouco aos dois grupos, mas mesmo assim continuou.

Norio: E-este é o pagamento antecipado pela missão. Cobre apenas a tomada das minas. Assim que esta estiver recuperada, pretendo lhes pagar uma quantia maior. Espero que entendam a situação em que estamos no momento — explicou o Daimyō. Sabia que não tinha o suficiente para pagar todos aqueles ninjas habilidosos, mas estava desesperado para manter o País do Vento vivo.

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De certo modo, o Daimyo parecia agir de boa fé com o grupo. A sua cortesia e forma como parecia realmente se importar com a vida de seu próprio povo era surpreendente e quase irônica, quando posta frente a frente com a de sua antiga Kage. Não esperava realmente alguém tão aberto à conversação — estava esperando uma barganha ou algo do gênero. Não se surpreenderia nem mesmo se fosse algum tipo de armadilha, pois nunca se sabe. Diferente disso, ele mostrava-se estar bem além das expectativas ou qualquer preconcepção condizentes ao cargo que ele ocupa.
Ainda assim, o seu Sharingan era capaz de detectar algumas nuances em sua fala. Tinham coisas que de fato, ele não está dizendo; possivelmente não por maldade, uma vez que não estava mentindo. Não é como se estivesse agindo de má-fé com o grupo  — que, inclusive, estava escondendo o próprio rosto. Não é como se fosse incomum certo cuidado ao compartilhar informações, de todo modo, então compreendia. Desde que agisse de boa fé, compreendia.

Observou, por alguns segundos, o pagamento antecipado que o Daimyo havia trazido e posto a mesa. Shiro não se moveu do lugar para pegá-lo; nem mesmo um dedo, sequer. Refletiu por alguns instantes, após isso, passando o olhar brevemente por seu grupo. Ele já tinha uma ideia do que fazer, depois daquela reunião.
Ao invés de pegar o pagamento, Shiro desceu o capuz de sua cabeça — foi a primeira vez que exibiu algo de si para além de sua roupa, ainda que fossem seus fios negros desgrenhados e parte de seu pescoço, o qual a máscara ou a gola alta das roupas por debaixo do sobretudo não cobriam. Após isso, levou a mão até o interior de seu casaco, tirando de seu bolso um pergaminho; ele fazia o possível para que seus movimentos não parecessem de forma alguma hostis. Então, pôs o pergaminho sobre a mesa, ao invés de pegar o pagamento.

Seu pagamento. — e indicava com a mão o pergaminho, esperando que ele o pegasse para analisar com cuidado.

Considere isso como… um contrato. Um contrato de fidelidade com o nosso grupo, e tudo que precisa fazer é assinar e colocar o seguinte… — nesse momento, Shiro cruzou os braços, explicando cuidadosamente o que tinha em mente.  — Nós vamos acatar todos os seus pedidos, isso sem necessidade de um pagamento prévio. Preferimos, ao invés disso, pegar uma singela quantia do que suas minas podem nos oferecer… isso, claro, após de tomadas. Caso venhamos a falhar, não haverá prejuízo monetário algum para você; o que eu garanto que não vai acontecer de antemão. — pela forma que falava, Shiro fazia parecer que já tinha isso em mente desde o momento que entrava ali: Era a sua vez de fazer especificações. Talvez por isso estivesse tão quieto e centrado.

Você não só vai nos dar autonomia para circular no seu país, como também, vai jurar fidelidade a essa missão. Creio que entenda que, nas condições impostas, é inviável que continuemos com nossas identidades escondidas; é o modo operante do nosso grupo, no entanto. Pretendemos cumprir com todas as especificações, ainda assim, desde que se comprometam a guardar nossos segredos também e se empenhem a terminar isso, tanto quanto nós. Acredito que compreende os riscos que estamos assumindo, de boa fé e em nome dos interesses em comum, por assim dizer. — esperava estar se fazendo claro, apesar de dificilmente haver alguma garantia, mesmo que o Daimyo assinasse, de que cumpririam o combinado. Mas o Uchiha tinha algumas ideias em sua mente bem pertinentes.

Teremos uma aliança formal, assim que não só assinar… Mas também, como garantia, "nos dar sua honra". Quero que façam um juramento pela bandana de sua vila, e o senhor, pela honra como Daimyo do país do vento. Assim poderemos colaborar de forma eficiente, resguardando o que é nosso.

A bandana era o símbolo maior de honra entre os shinobi, que guardavam-a como se fosse sua vida. De fato, jurar diante do protetor de testa era algo seríssimo; ali, todos pareciam comprometidos com os ideais de seu país, apesar de alguns pesares.
Essas, de toda forma, eram suas exigências, sem espaço para outra coisa — estavam assumindo um risco enorme sob um preço mínimo, de toda forma. Se pudessem adquirir parte das riquezas da mina, isso seria ótimo, e não mais do que um bônus, já que seus interesses não eram puramente monetários. Esperava que agissem de boa fé, como o Daimyo havia feito até agora; ou o trato não seria firmado.

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Cada vez que o mascarado fazia alguma suposição sobre a situação entre Suna e Kizuna, Ryu se enfurecia mais, não por se ofender com as suposições, mas por já ter pensado nelas e descobrir que até estrangeiros desconhecidos martelavam isso em suas cabeças. Realmente não fazia sentido, não havia motivos se não sadismo e domínio sem caráter, pensava ele.

Mesmo assim calou-se e deixou para o Daimyo e Hanako responderam aos questionamento, apenas observando o desenrolar do planejamento. Logo Kuhaku tirou seu capuz e propôs algo mais passional, um laço de confiança e promessa, que surpreendeu a todos. Até agora, mesmo com sua tentativa amistosa, Ryu não enxergava humanidade nos Shinigami, mas aquela apresentação mudaria isso. A simpatia do ruivo cresceu pelo mascarado enquanto falava, mas ao mesmo tempo se sentia pressionado pelo discurso.

Ryu não se importava em como a recompensa seria dada, e tampouco ligava para o dinheiro sendo que não possuia nenhum laço comercial, ficava apenas confinado as ruínas para proteger e tratar dos civis.

Mas é claro!— Se exaltou após ouvir sobre o juramento à bandana. Sem dúvida alguma em seu coração, o Uzumaki levantou sua manga esquerda até pouco a cima do cotovelo, mostrando a bandana enferrujada que ficava escondida em propósito de discrição.

Pelo nosso povo, nosso lar, lutaríamos mesmo que todas as nações se virassem contra nós!— Respondeu, dando certeza de que era jurado a sua bandana, firmando de uma vez a aliança com os Shinigami— Não sabemos quem são, nem por que agem, mas se pretendem nos ajudar, contem conosco até o fim!!!

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Shiori tinha toda a sua atenção no que era dito por Shiro e pelo Daimyō do Vento. Mesmo que, normalmente, não fosse bom estrategista, o Uchiha mais novo precisava entender no que estavam se metendo. Gostaria que tivessem mais informações sobre os seus inimigos, já que facilitaria caso tivessem de combater — apesar de que os confrontos eram inevitáveis. Felizmente, tinha confiança nas próprias habilidades e que possuía o necessário para enfrentar qualquer oponente. Com esse pensamento, sentiu Kagutsuchi animar-se com a possibilidade; já fazia algumas semanas que o demônio não provava sangue humano e estava ansioso para isso.

De forma alguma conseguiria entender as ações de Kizunagakure. Certamente, enquanto ainda servia à Konoha, realizara atos hediondos, mas foram contra ninjas; se Shiori não agisse, seria morto. Mas aquele caso era diferente. O País do Vento já estava indefeso e fora da guerra, e os outros países grandes não tiveram qualquer interesse naquele território; Kizuna estava condenando pessoas inocentes à morte, sem qualquer motivo aparente. O Uchiha não sabia o que sentia sobre aquela situação, mas naquele momento queria mais do que qualquer coisa fazer todos eles pagarem por atos tão covardes.

Apesar de já ter sido discutido anteriormente entre os cinco, Shiori ainda sentiu-se incomodado quando seu irmão entregou o contrato e lhe falou dos termos. Seria benéfico para eles, entretanto, a possibilidade de revelar a sua identidade o aterrorizava. Aqueles eram shinobi de Suna, podiam o reconhecer. Se isso acontecesse... Independente do que acontecesse, não desistiria da própria liberdade. Tinha que continuar vivendo e lutando se um quisesse alcançar alguma coisa. Respirou fundo, tentando controlar os seus sentimentos. Confiava em Shiro e sabia que ele estava fazendo a decisão certa.

Entretanto, a maior surpresa surgiu quando o rapaz ruivo que cumprimentara Shiro se pronunciou antes de qualquer um do seu grupo. A máscara de raposa voltou-se diretamente para ele, o observando atentamente. Como ele sobreviveu por tanto tempo agindo daquela forma? Era incrível que ainda existiam pessoas como ele, mas será que isso duraria até tirarem as suas máscaras? Seguindo o seu irmão, também retirou o capuz, deixando os cabelos escuros à mostra e a faixa enrolada sobre a cabeça. Não poderia hesitar.

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CAPÍTULO 01 — RESSURREIÇÃO

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O cenho já enrugado franziu-se ainda mais quando Kūhaku retirou o pergaminho de dentro das vestes. O Daimyō rapidamente o pegou, mas esperou Shiro terminar a sua fala, parecendo ainda mais espantado conforme o rapaz explicava os seus termos. De alguma forma, Enomoto Norio sabia que estava entrando em um terreno perigoso e talvez questionasse a sua decisão de aceitar aquele estranho grupo em seu país. Entretanto, não sabia mais a quem ou ao que recorrer para que seu povo fosse salvo. Cuidadoso, leu o contrato até o final.

Norio: Vocês entendem que têm muito mais a perder do que eu, certo? — indagou o Damyō, retoricamente. Estava preocupado, mas sabia que aquele homem em sua frente tinha convicção no que fazia. — Entretanto, quem precisa de ajuda sou eu e o meu país. Pelo meu povo, faço um contrato até Deuses da Morte, se for necessário.

O homem depositou o pergaminho aberto sobre a mesa, o observando por alguns segundos até levar o polegar até a boca. Com uma forte mordida, abriu um pequeno ferimento no dedo, mas o suficiente para que o sangue começasse a escorrer. Cuidadosamente, levou a mão até o final do contrato, escrevendo os kanji que compunham o seu nome.

Norio: Juro pela minha homra como o Senhor Feudal do País do Vento, pelo meu povo e pelo sangue da família Enomoto, fundadores de Rōran, que corre em minhas veias — jurou o Daimyō. Qualquer um ali conseguia sentir a convicção vinda da sua voz. Enomoto Norio faria qualquer sacrifício pelo bem do seu povo. — Espero que possamos nos ajudar em momentos tão difíceis.

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Quando se tratando de missões tão significativas quanta aquela, Yata assumia a postura de um verdadeiro cão de guerra: simplesmente obedecia e executava. Parecia a todo o momento encarar obcecadamente o esquadrão doutro lado, fitando em especial a garota cujos cabelos eram brancos, ou, Arisu. Era assustador, porque sob os orifícios da máscara residiam olhos obscuros, cercados por intensa frieza e definhados por anos de sofrimento.
Seu silêncio fora rompido ao quebrar a discrição assim como seus colegas e retirar a face do coelho negro, revelando o rosto que atormentava a ninja médica com um sorriso que ia de orelha a orelha. Pigarreou, esperando que o lorde Daimyo cessasse seu discurso para que então pudesse falar:
— Ora, que falta de delicadeza por minha parte. Devemos nos lembrar das formalidades — continuou, e apesar da educação, cada palavra que escapava da boca daquele rapaz era como veneno escorrendo livre pelas presas de uma serpente —, podem me chamar de Kuro Usagi, mesmo que eu sequer tenha um nome, eu diria que nomes são para tolos, pois sei quem sou, não é? — sua gargalhada ecoou breve porém desmedida, e precisou recompor-se com uma reverência adiante do Senhor do Vento e dos Shinigamis.
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O Totsuka aproximou-se feito um abutre ao redor de Norio, cravando os olhos turvos aos do Daimyo e sussurrando em um tom quase inaudível: "Não se preocupe, senhor, garanto que tudo isso terminará bem e você poderá envolver-se em seus luxos novamente", e em seguida, pôs-se por detrás de Hanako, pousando suas mãos aos ombros da pequena ruiva e voltando a encarar Arisu, com o mesmo sorriso marcando-lhe a face. Era normal que fosse ácido e incômodo.

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Focado somente em ouvir, o Hyuuga de cabelos brancos não falava, deixando o papel de comunicador para seu melhor amigo. Ele não tinha tanto a acrescentar, mesmo em matéria de estratégia, já que a apresentada pelo daimyõ era de fato a mais viável. Ainda assim, achava que se tivessem chances de recuperar a zona rural seria melhor para o País do Vento e menos custoso, também o faria. E assim como relatado pelo informante do grupo, o senhor feudal não tinha muito dinheiro para oferecer em troca de seus serviços. Fubuki, entretanto, sequer se importou com recompensas monetárias, mantendo seus olhos perolados atentos ao mapa. Não se sentiria confortável em ser pago por consertar uma janela que ele mesmo ajudou a quebrar. Não havia sentido nisso e o coração conflitante do rapaz nunca se perdoaria por isso. Mas entendia também a necessidade de seus amigos como um grupo independente que precisavam de retorno monetário para se manter, portanto já sabia do próximo passo de Shiro.

O Hyuuga queria ter metade da firmeza que o Uchiha tinha, a convicção para determinar termos e condições e permanecer inabalável. Não conseguia ser assim e talvez nunca conseguiria. Só de ouvir o amigo ditando as cláusulas do contrato, o rapaz se sentia extremamente inseguro e desconfortável, com medo de que o outro grupo achasse que estivessem sendo mandões ou exigindo demais. Definitivamente não conseguiria dar ultimatos como Shiro dava e este talvez fosse um dos motivos que o levaram a ser nomeado líder do esquadrão. A ideia de tirar as máscaras também o assustava, mas sabia desde o princípio que era de grande necessidade para que uma colaboração fosse possível. Depois que as palavras do Uchiha ressoaram pela sala, o corpo de Fubuki se retraiu e ficou congelado durante todos os segundos de silêncio que se seguiram. O silêncio mais uma vez foi cortado fervorosamente pela figura vermelha que havia cumprimentado Shiro momentos antes. Aquele garoto era, de fato, diferente da maioria de pessoas que encontrava na guerra. As batidas descompassadas e ansiosas de seu coração se acalmaram um pouco mais e o Hyuuga pôde suspirar aliviado, se virando para ver o daimyõ assinando o contrato com o próprio sangue. O rapaz não saberia descrever o quão significativo havia sido aquele gesto e sua mente era incapaz de mensurar a admiração que sentia naquele momento. Não só pelo daimyõ, mas pelo grupo de Suna e o seu próprio que estavam firmando uma aliança tão importante.

Entretanto, não havia apenas feições satisfeitas e amigáveis na sala. Os olhos atentos de Fubuki podiam ver claramente a hostilidade nos olhos de um dos membros do esquadrão de Sunagakure, aquele que se intitulava Kuro Usagi. O homem se movimentava como um abutre e falava como se fosse uma cascavel do deserto, derramando veneno de suas presas. Mesmo que as insinuações não fossem para si, Fubuki se intimidou, sentiu medo.

O quê o maluco tá olhando? O cara tá achando que tá em Kumo?- a projeção mental de Atsuya surgiu mais uma vez, encarando o rapaz da mesma forma intimidadora, como se ele fosse capaz de vê-lo. Fubuki suspirou. Os olhos de Usagi apontavam, por algum motivo, para Arisu. Considerando isso, Fubuki poderia predizer que Shiori tomaria uma atitude de defesa em relação a amiga, o que poderia ser seguido por Amane. Não poderia deixar que a reunião fosse para outra direção. Ele engoliu um seco e deu um passo a frente, se colocando entre o olhar do garoto e de Arisu.

- Meu nome é Fubuki.- ele timidamente retirou o capuz, revelando os fios brancos que caíam sobre a máscara. Com certo receio, moveu sua máscara de kitsune para que esta cobrisse apenas uma pequena parcela de seu rosto.- Hyuuga Fubuki.
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- É um prazer conhecê-los.- disse tentando disfarçar a timidez, sendo o primeiro dos "Shinigami" a assumir a face. Não havia revelado informação alguma que eles não descobririam ao olhar para seus olhos. As pupilas peroladas, marcas de sua genética, evidenciariam a que clã era pertencente. A única coisa que havia entregue era seu primeiro nome. Agora, como a missão andaria a partir disso, dependeria dos ninjas de Suna. Seu olhar se voltou ao homem que encarava Arisu. - Mas peço, por favor, que me chamem de Rikaku durante a missão. Espero que possamos nos dar bem.

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